31 dezembro 2007

morfina

Os Mundo Cão chegaram par dar nova força na musica nacional.
Palavras que reflectem o absurdo de sensações.

Tudo o resto é Morfina.




Como é bela a deusa do meu céu
Actriz de ralé
No meu mausoléu de ninfas da maré
Faz dança do véu
Com um sururu de se tirar o chapéu
A feliz garça com o seu girar
Transmuta por dom o meu lupanar
Em casa de bom tom
Angélico altar
Onde o varonil tem gosto em capitular

Bem vindos ao meu bazar
Propõe chás do Sião, pepitas do Brasil, jóias da Pérsia

Morfina
Não perdes nada em entrar
Vem ver a actuação, o exótico pernil, a doce inércia

A morfina

É tão quente a raça do seu ser
Seu jeito fatal de dar a entrever
O gozo sensual
O mole prazer
Que a carne retêm depois de esmorecer
E sem mais me deixa suspirar
Na maior nudez que venha a rodar
Até ser minha vez
Os braços no ar
Que me faça vir na graça do seu picar

Bem vindos ao meu bazar
Propõe chás do Sião, pepitas do Brasil, jóias da Pérsia

Morfina
Não perdes nada em entrar
Vem ver a actuação, o exótico pernil, a doce inércia

A morfina

Bem vindos ao meu bazar
Propõe chás do Sião, pepitas do Brasil, jóias da Pérsia

A morfina

Propõe chás do Sião, pepitas do Brasil, jóias da Pérsia

Morfina

Vem ver a actuação, o exótico pernil, a doce inércia

Adolfo Luxúria Canibal

2 comentários:

Anónimo disse...

Intenso...
Canibalescos sonhos sequiosos de emoções voláteis como o tempo que não tem vontade de parar...

Queria ter um bazar assim, e colocar-me á venda ao lado de um incenso qualquer com gosto e cheiro a esta morfina, só para poder sentir, as mãos de um estranho curioso, a querer comprar-me ao desbarato, só pelo prazer do vicio...

Anónimo disse...

ups!
Não sendo um comentário á morfina é uma homenagem á tua NINA!
Que saudoso o teu murmúrio.Debaixo daquela lousa onde tua mãe repousa não receis o funesto corte,pois amor de filho sobrevive á morte!.

beijo