09 maio 2006

TOXICIDADE



... E chega a polícia bacteriológica
Com um toque de classe impõe a sua lógica
E parte-se ao meio a cidade
Metade será caos a outra eternidade

Tem-se a vertigem a cor do vácuo
Comunicar sem som sentir ruído branco
Esquecida que foi a origem
A arder num fogo fátuo à venda em Porto Franco

Toxicidade
ar do deserto
Asfixia devagar
Toxicidade num céu incerto
Chuva acre sem molhar
Vento morto a enterrar

Rui Reininho


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